domingo, 17 de maio de 2009

De fato

Desde que a vida se mostrou de fato vida
Nenhuma idéia pôde permanecer intacta
Tudo se renovou e esclareceu de forma assustadora
Percebeu-se a ambiguidade em ser um ponto no meio de outros milhares
E, ao mesmo tempo, um indivíduo único e fascinante

Desde que o amor se mostrou de fato amor
Nunca mais se pôde envolver facilmente
Fácil é pintar o amor, difícil é sabê-lo
Percebeu-se o quão estúpido é banalizar e simplificar o sentir
Algo demasiado forte e puro

Desde que a dor se mostrou de fato dor
Nunca mais se pôde sofrer em vão
Não há tempo para se disperdiçar com lamentações
Percebeu-se que a importância e veneração que se dá ao sofrer
É muito maior do que a dor em si

2 comentários:

  1. Uou minina...

    Que bom q curtiu as músicas!
    Ah, legal você adentrando ao "Fantásticos Mundo
    dos Blogs"..rs.....r.s...Uma vez me disseram sobre ter um blog, uma coisa: "SE JOGAH"...rs..
    Lendo seu post "Ver..." me lembrei do Saramago em Ensaio Sobre a Cegueira,acho q ele tbm de certa forma critica a "pouca visibilidade" das pessoas...
    Enfim....aki tá massa!

    A gente se comunica.

    Beijo
    Jaque

    ResponderExcluir
  2. Olá, Regina! Meus parabéns pelo belo poema: além de as idéias serem boas, as palavras são encantadoras, o que é mais importante ainda. Acho que o verso que melhor explica a sensação que o poema completo dá é "Tudo se renovou e esclareceu de forma assustadora", porque ele transmite a renovação que as descobertas trazem e o assombro que a realidade causa então. Muito bonito mesmo. Parabéns!

    ResponderExcluir